"[...]E por um momento haverá mais futuro do que jamais houve[...], mas houve a nossa harmonia, a eletricidade ligada no dia, em que brilharias por sobre a cidade" (Menino Deus, Caetano Veloso)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

quinta-feira, 2 de julho de 2009

A Distância com as esperanças...

É muito difícil escrever... E essa dificuldade é o que consome a cada dia nosso imaginário, na verdade o meu. Que distância é essa em uma boa escrita que tanto alfineta a esperança? Me prendo entre a não resposta dessa interrogativa.
Venho me desempenhando o máximo para não escrever. Interessante isso. Até meu par romântico, que é cumplice e ao mesmo tempo minha mecenas, me provoca com a seguinte questão: cadê meu bem? Tuas poesias? E, também para que não se esqueça, meu grande amigo, patriarca na poesia, o Grande Cezar, o imperador - carinhosamente chamado pelos seus protegidos - , interroga-me também.
E agora, o que faço? Me permito viver a inconstância da impaciência do não escrever, do não poetizar, do não problematizar e polemizar os sentimentos? Éis que são tais interrogações, talvez, prerrogativas precoces que me distanciam das esperanças e fazem transbordar os lamentos das insaciáveis esperanças não saboreadas.

Assim, mais uma madrugada é desfrutada no interior do meu agreste. As letras repousam, os pássaros se refugiam, meus pais e irmã se recolhem - por conta do frio -, e eu me desespero na ansia do não dormir, minha cabeça funciona a mil pensamentos ousados, românticos, musicais e sonhadores.

Mais uma vez trago esse ar frio, por mais que meu pulmão sinta a necessidade de um cobertor!

Aumentam-se a distância com as esperanças, ou melhor, como diria Ronaldo da Paixão: "as esperanças estão mortas hoje". Penso que sim, penso que não!