"[...]E por um momento haverá mais futuro do que jamais houve[...], mas houve a nossa harmonia, a eletricidade ligada no dia, em que brilharias por sobre a cidade" (Menino Deus, Caetano Veloso)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Pollyana

A cada despedida é o lampejo sofrimento

perpetuo o teu corpo em cada gesto, na minha escrita

no pensamento.

Nos fitamos, cada gesto um preâmbulo

talvez selvagem, talvez bravador

a considerá-la como parte do meu devoro

a devorá-la feito prato e pão

a cercear a sua voz

gemidos, explosão, canção...

A mostrar que um animal

assim como sou de animal-homem

a devorá-la em tal instante

a amá-la endeusando-te mortal.