Não tenho tempo, além
das provocações
A nossa geladeira anda vazia
Os nossos olhos perdidos no vazio
As nossas mãos soltas no mundo
Não tenho tempo.
Não tenho o casual, tempo
das provocações de cetim
ou sem cetim
A nossa geladeira anda tão vazia
Tenho vagas as lembranças de quando
nua dormias
Tenho um semblante opaco, nostálgico
Não tenho.
Não tenho a raiva daninha, das provocações
enquanto gozava, repetias
continua, continua, continua
eu te contendo, nua
esquecia: a nossa geladeira anda tão vazia
Esvaia o tempo.
As roupas espalhadas, provocadas
repetições
a vontade de mordê-la, comendo cada parte
e arrancá-la de uma vez por todas (novamente)
a calcinha
Confesso: seu corpo é tão belo quando está puro
Repetidas vezes, repetidas noites no escuro
Tempo, tempo, tempo.
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