A cada despedida é o lampejo sofrimento
perpetuo o teu corpo em cada gesto, na minha escrita
no pensamento.
Nos fitamos, cada gesto um preâmbulo
talvez selvagem, talvez bravador
a considerá-la como parte do meu devoro
a devorá-la feito prato e pão
a cercear a sua voz
gemidos, explosão, canção...
A mostrar que um animal
assim como sou de animal-homem
a devorá-la em tal instante
a amá-la endeusando-te mortal.
Jorge, como vai? Li seus poemas, e há coisas boas!
ResponderExcluirMas, penso que seu esforço para escrever de maneira erudita faz seus escritos ficarem menos belos. A simplicidade, se for elegante, também pode ser profunda, tocante e causar efeito. Outro detalhe: VC PRECISA conjugar adequadamente o sujeito e o verbo das suas frases, coisa que vc não se preocupa em fazer. Ex: "estrelas me cobrisse". O correto é: Estrelas que me cobrisseM. O SUJEITO, neste caso ESTRELAS, SEMPRE deverá concordar com o VERBO, neste caso COBRISSEM.
Abraços
Sou grato pela colaboração, e a base gramatical que percebi faltar na maioria das minhas composições poéticas. Não há um esforço na composição poética da escrita de maneira erudita. O que existe são as impressões daquilo se vive, da busca pelo belo e pela musicalidade... A busca da descrição dos corpos, da sensibilidade intra-sentido - e a escrita esforçada, entediante, exaustiva e, por fim, encontrada.
ResponderExcluirAs vezes o erro de concordância "proposital", ou não, sugere uma musicalidade que seria quebrada com a conjugação correta do verbo em pessoa, número, gênero e grau. Mas os erros é para ser consertados... (proposital)
Antes de mais nada vale citar Cabral que tanto em O ENGENHEIRO e em PSICOLOGIA DA COMPOSIÇÂO nos dá uma aula de o quanto a poesia basta ser livre e simplesmente ser escrita, independente.
" [...]
são a morte (a espera da)
atrás dos olhos fechados;"
(João Cabral de Melo Neto, As nuvens. O ENGENHEIRO)
" [...]
Neste papel
pode teu sal
virar cinza;
pode o limão
virar pedra;
o sol da pele
o trigo do corpo
virar cinza"
(João Cabral de Melo Neto, Psicologia da Composição. PSICOLOGIA DA COMPOSIÇÃO)
Grato pela atenção e pela crítica...
Jorge Raimundo.
Jorge Raimundo!Então é você o senhor que me chama de senhorita? Muito prazer! Sou clara-mei! É! Pelo visto seu primeiro comentarista neste texto não leu "Poliana" de Eleanor H. Porter. Deixa pra lá... Foi pelo título "Pollyana" que cheguei ao poema.
ResponderExcluirUsando o gancho: Você diz: "Estrelas me cobrisse" ele diz: Estrelas que me cobrissem" eu digo: ESTRELAS TE DESCUBRAM! E nada nem o brilho das galáxias te ofusquem, você, sua poesia merecem, devem estar a descoberto, ser vistos. Feliz Páscoa! Fraterno abraço!