"[...]E por um momento haverá mais futuro do que jamais houve[...], mas houve a nossa harmonia, a eletricidade ligada no dia, em que brilharias por sobre a cidade" (Menino Deus, Caetano Veloso)

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

As Estradas

Todos os caminhos, caminhos torcidos
destorcem
a esperança dos caminhos vividos...

Todas as esperanças, esperanças sentidas
sentida
o caminho das esperanças vividas...

Os caminhos caminham para as esperanças tidas
E as novas vidas:
esperanças tidas, vividas e sofridas...

Um comentário:

  1. Oi Jicu! Esse teu poema me fez lembrar da técnica da recolha, utilizada pelo Gregório de Matos, no poema Epílogos... "Verdade, Honra e Vergonha", está mais ou menos pro teu " Tidas, Vividas e Sofridas". Você cita e arremata. Ainda tô bastante intrigada com esse " sentida" parado aí bem no meio da terceira estrofe...Parece não fazer referência sintática ( pela concordância pelo menos)a outro termo mas está integrado no conjunto pelo tema da som. Esse teu poema é bem barroco,não só pela técnica empregada mas pelo conceptismo disfarçado numa estrutura simples, com palavras simples e bastante trabalhado no como do dizer.Acho que você conseguiu transmitir muito bem a própria idéia de torção em teu poema, a ida e a volta dos argumentos, a saber assim divididos; o caminho a esperança e a vida como os elementos fundamentais e o viver como a torção do sentir, do ter e da própria vida.
    Bem, foi apenas um comentário. Abração,
    " Tua crítica" hehehe

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